Navegando pelo mercado descentralizado
Blockchain é um universo diferente, regido por suas próprias regras. É um ambiente descentralizado onde não há garantia de um único fornecedor, mas sim de uma rede peer-2-peer, governado mais pelas leis da oferta e procura do que por qualquer tipo de decisão top-down que estamos acostumados em soluções centralizadas. Seja as taxas de transação, os preços de token ou a confiabilidade da rede, o mercado decide tudo, trazendo incertezas e surpresas inesperadas.
Por isso, assim como desenvolver aplicativos na blockchain requer novos padrões de design, arrecadar fundos para uma startup blockchain e a camada de incentivos subjacente exigem novos processos de pensamento.
Por exemplo, se em algum momento um projeto receber financiamento na forma de criptomoeda ou precisar de liquidez para alavancar suas aplicações multi-sided, será necessário um plano de gestão de riscos. Caso o valor da criptomoeda flutue, uma startup precisa de um plano de contingência para lidar com movimentos frequentes. Além disso, armazenar criptomoedas é fundamentalmente diferente de fundos em moedas tradicionais. Mantê-las em exchanges ou em uma carteira quente (conexão com a internet) significa enfrentar o risco de ser hackeado. Já gerenciar uma carteira fria, como a Ledger ou até mesmo em papel (desconectada da internet), traz uma série de desafios infraestruturais que uma equipe precisa lidar ou recorrer a serviços de custódia, como Coinbase Custody.
Então, quais são as formas de financiar uma ideia para torná-la um produto neste novo ambiente?
Quando se trata de financiamento, todos os conceitos padrão estão presentes: financiamento coletivo, investimento de anjo, financiamento de venture capital, incubadoras e aceleradoras, etc. são todos métodos válidos que os fundadores de startups usam. Alguns deles se desenvolveram de forma específica para se adaptar ao espaço, enquanto outros permanecem basicamente inalterados. A gama de abordagens a serem consideradas é ampliada por métodos de financiamento específicos da blockchain, como DAO’s (Organizações descentralizadas autónomas)